Garota, Interrompida




Dizem por aí: de médico e de louco todo mundo tem um pouco. No caso de Susanna Kaysen foi mais para a segunda opção. Com uma pitada de tristeza e uma tentativa de suicídio, foi enviada para um hospital psiquiátrico aos 18 anos. O tempo que passou por lá rendeu livro e o filme que consagrou Angelina Jolie (Pitt).

Narrado em primeira pessoa, Susanna nos conta a rotina do hospital, suas amizades e suas reflexões sobre o que a cercava. Seu sonho era ser escritora, não queria ir para a universidade ou se casar - diferente de tudo o que se esperava de uma garota na década de 60 nos EUA. Uma decepção para os seus pais: “A imagem que eles tinham de mim era instável, pois não coincidia com a realidade e se baseava nas necessidades e nos desejos deles.”


#COMPARANDO & VICE CONVERSA

FICHA DO LIVRO

FICHA DO FILME

TítuloGarota, InterrompidaGarota, Interrompida
Título OriginalGirl, InterruptedGirl, Interrupted
Lançamento1993 | Edição Brasil 20131999
Autor/DiretorSusanna KaysenJames Mangold
ClassificaçãoDrama, BiografiaDrama, Biografia
Editora/EstúdioEditora GenteColumbia Pictures do Brasil
Páginas/Duração192 páginas2h07min
Avaliação★★★★★★★★

Garota, Interrompida me despertou reflexões, nunca antes tinha sublimado tantas frases: “Muitas vezes, a família toda é louca, mas, como não se pode mandar uma família inteira para o hospício, um dos membros é declarado louco e internado.” Ou “Como foi parar lá? O que querem saber, na verdade, é se existe alguma possibilidade de também acabarem lá. Não sei responder à verdadeira pergunta. Só posso dizer: é fácil.” #medodeserlouca

Angelina e Winona contracenando
O filme é de 1999 e foi dirigido e roteirizado por James Mangold, um americano que tem no currículo outro longa que eu adoro: Johnny & June (2006). Quando eu li sobre um das amigas da Susanna, Lisa, na hora pensei: É a Angelina Jolie. E era mesmo! Adorei a sua interpretação de louca, linda e sexy misturados com instantes de extrema alegria e profunda tristeza. Mereceu as premiações. A Winona Ryder interpretou Susanna e não deixou a desejar. Confiram o trailer (sorry, sem legenda):



Livro e filme são levemente diferentes, detalhes da obra foram alterados para dar mais fluidez no 
O quadro inspirador
longa – algumas eu gostei outras não, principalmente a adaptação da parte do suicídio que acontece (exagerado e diferente do real). Mas, vale conferir os dois! Curiosidade: o nome do livro foi inspirado na pintura de Johannes Vermeer, Garota Interrompida em sua Música. Susanna conheceu a pintura enquanto estava internada e se identificou. Uma interrompida ao tocar outra teve a vida interrompida. Profundo não?

Susanna, a interrompida
Susanna se tornou escritora (Garota, interrompida foi seu terceiro livro) e tem orgulho de nunca ter frequentado uma universidade, definiu sua cura de uma forma que considerei ótima (assim como todo o livro): “Posso dizer, com toda a franqueza, que minha infelicidade foi transformada em uma infelicidade comum, e que, portanto, segundo a definição de Freud, alcancei a saúde mental.”

Para finalizar, deixo uma última reflexão: “Seria a insanidade uma simples questão de parar de fingir?” Obrigada Susanna, por me deixar perdida em devaneios.


Beijos e Abraços,
Bruna

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